FUNDAÇÃO: 29 DE OUTUBRO DE 1966 - DIRETORA GERAL: Fabiana Sodré de Souza - DIRETOR ADJUNTO: Glauber Pessoa
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA
Fazenda Engenho Novo.
Nossa escola está no terreno doado pelo dono da fazenda na época da fundação, o Sr. José Baltazar Serrado.
As terras onde se localiza a Fazenda do Engenho Novo foram originalmente povoadas pelos índios tamoios, sendo posteriormente subdivididas em sesmarias. A Fazenda do Engenho Novo, antiga Engenho Novo do Retiro, é um dos latifúndios que compõem as terras do município de São Gonçalo. Pertenceu a diversos donos, até que em 1830 foi adquirida por Belarmino Ricardo de Siqueira, o Barão de São Gonçalo, o seu mais ilustre proprietário. Amigo pessoal de D. Pedro II, o Barão ocupou importantes cargos no governo e possuía fazendas em São Gonçalo e Araruama, nas quais cultivava cana-de-açúcar e criava gado. Para tanto contava com a ajuda de inúmeros escravos. Simpatizante da causa abolicionista, o Barão de São Gonçalo legou em sua herança razoável soma de dinheiro a vários deles, além de alforriar muitos outros. Ao falecer, deixou muitos bens às irmãs e sobrinhos, pois, solteiro que era, não deixou herdeiros diretos. No entanto, a Fazenda do Engenho Novo, segundo relatos fora arrendada a um certo coronel Joaquim Serrado, membro da Guarda Nacional, que servia ao Imperador, e que se fizera amigo do Barão. Após a sua morte, o coronel se declarou dono da fazenda. Em 1943, Joaquim Serrado Pereira da Silva e seu irmão Raul Serrado Pereira da Silva venderam a fazenda a seu filho e sobrinho, José Baltazar Serrado. Desde então se inicia um processo de produção agropecuária dinâmico, com expressiva participação de meeiros e arrendatários, que na fazenda Engenho Novo se instalaram, trabalhando nas lavouras de laranjas, principalmente. Em 1989 (escritura em Niterói), José Baltazar Serrado vende a Fazenda Engenho Novo ao empresário Deusdirito Belmont Netto, que inicia um processo de expulsão dos trabalhadores, meeiros e arrendatários, que passaram à condição de posseiros em luta pela terra. O conflito agrário estava estabelecido e, 14/03/1991, através do Decreto n 16.492, a área é considerada de utilidade pública para fins de desapropriação. Em dezembro de1993, o então Governador do Estado, Leonel Brizola, assinava o Decreto no 19.456, garantindo a posse provisória do imóvel. Passados 16 anos, poucas políticas públicas foram direcionadas ao desenvolvimento do Assentamento Fazenda Engenho Novo e os posseiros de seus 141 lotes. O momento atual se volta para a problemática contemporânea. Vencer as dificuldades cotidianas, a falta de oportunidades de trabalho e renda, a ocupação irregular decorrente do déficit habitacional e os conflitos ambientais representam alguns dos novos desafios para o estabelecimento sustentado dos assentados da Fazenda Engenho Novo.
http://pt.scribd.com/doc/21943644/Anteprojeto-de-Pesquisa-UERJ
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